sábado, 31 de julho de 2010

Dia mundial do orgasmo - Uma autobiografia


Chame-me de Orgasmo.
Minha vida é curta.
Dura poucos segundos.
Quando você vai ver, já foi.
(O que leva à célebre frase "Vai ser bom, não foi?", personificada pelo Orgasmo, personagem do Angeli.)
Se dizem "carpe diem" (desfrute do dia), o que direi eu, para quem o conceito de dia sequer existe, pois perde o sentido perante uma duração de vida que não é medida em anos, mas em segundos?
A vida é efêmera, passa num piscar de olhos.
Eu, Orgasmo, sou um detalhe dentro da vida.
E, modéstia à parte, a vida fica mais divertida quando eu entro em ação.
E não falo apenas do sentido sexual, embora tenha certeza de que é isso que você está pensando.
(Vocês, humanos, são tão previsíveis!)
Falo de todos os orgasmos.
Eu, especificamente, sou um.
Mas nós, orgasmos, somos muitos.
Há o orgasmo sexual, há o orgasmo não-sexual.
Não quero falar em nome do clã inteiro, mas ambos somos importantes.
E ambos estamos lá.
Nas pequenas coisas da vida.
Detalhes, mesmo.
(Inclusive nos grandes detalhes, por mais paradoxal que pareça.)
Não citarei aqui exemplos de demais orgasmos.
Cada um tem o seu.
O meu?
Qual o orgasmo de um orgasmo?
Existir.

Fonte: UOL Tablóide