domingo, 27 de janeiro de 2013

Almas Perfumadas



Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.



quinta-feira, 7 de junho de 2012

REPENSANDO



Estamos vivendo um tempo de urgência. Tempo de conscientizarmos dos danos ambientais que já causamos ao Planeta e adotarmos medidas que possam minimizar os impactos a curto prazo e promover alterações consideráveis a longo prazo, reconstruindo assim o mundo em que nossas crianças viverão.
Esse é o tempo dos três Rs: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR. Nesta ordem necessariamente, pois primeiro é preciso criar uma consciência quanto às nossas necessidades reais de consumo e REDUZIR a quantidade de bens que diariamente são produzidos, consumidos e desperdiçados.
É necessário reduzir o consumo de energia elétrica, água, combustíveis, e todo tipo de produtos que utilizem recursos e matérias primas que em sua extração, processo de fabricação, transporte ou descarte causem impactos negativos ao meio ambiente.
E isso será possível quando aprendermos a viver de forma sustentável, REUTILIZANDO recursos e matérias primas já extraídas, manufaturadas, transportadas e consumidas, ou seja, produtos que em seu ciclo de produção e uso já tenham causado impactos em diversos níveis ao meio ambiente. Reutilizar significa, portanto, reduzir e preservar. Com criatividade e boa vontade isso se torna possível.
Mas se não há como reaproveitar, então é necessário RECICLAR.
A reciclagem vai possibilitar a criação de novos produtos a partir de materiais descartados, sem extração de mais matéria-prima.
Além de ajudar a diminuir a quantidade de resíduos que retornarão ao meio ambiente, a reciclagem gera renda para catadores ou cooperativas. Contribuindo para o ciclo econômico e ecológico.
Comece agora a REPENSAR.
E não pense que uma pequena atitude não fará a diferença. Se todos adotarmos diariamente um pequeno ato na regra dos três Rs, o efeito multiplicador será gigantesco em sua capacidade e importância... Com certeza.

Autoria do texto: Mazza Pena

Ando REpensando bastante na minha participação  nesse processo. Sempre achei muito piegas esse discurso ecologicamente correto, mesmo por que na maioria das vezes, não passa do discurso. Resolvi então que sairei do discurso e irei à prática. Reutilizar e reciclar é muito mais fácil que reduzir a utilização e consumo, mas com disciplina e persistência, eu chego a praticar os 3 Rs

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Te espero


Te espero cuando la noche se haga día,
suspiros de esperanzas ya perdidas.
No creo que vengas,
lo sé, sé que no vendrás.

Sé que la distancia te hiere,
sé que las noches son más frías,
sé que ya no estás.

Creo saber todo de ti.
Sé que el día de pronto se te hace noche:
sé que sueñas con mi amor,
pero no lo dices,
sé que soy un idiota al esperarte,
pues sé que no vendrás.

Te espero cuando miremos al cielo de noche:
tu allá,
yo aquí,
añorando aquellos días
en los que un beso marcó la despedida,
quizás por el resto de nuestras vidas.

Es triste hablar así.
Cuando el día se me hace de noche,
y la luna oculta ese sol tan radiante,
me siento sólo, lo sé;
nunca supe de nada tanto en mi vida,
solo sé que me encuentro muy sólo,
y que no estoy allí.

Mis disculpas por sentir así,
nunca mi intención ha sido ofenderte.
Nunca soñé con quererte,
ni con sentirme así.

Mi aire se acaba como agua en el desierto,
mi vida se acorta pues no te llevo dentro.
Mi esperanza de vivir eres tu,
y no estoy allí.
¿Por qué no estoy allí?,
te preguntarás...
¿Por qué no he tomado ese bus que me llevaría a ti?
Porque el mundo que llevo aquí no me permite estar allí,
porque todas las noches me torturo pensando en ti.
¿Por qué no sólo me olvido de ti?
¿Por qué no vivo sólo así?
¿Por qué no sólo...?

Tchau!!





Não quero mais brincar de esquecer
Meu coração ficou exausto
Cansou de tanto relevar
Tuas promessas não cumpridas
Palavras esquecidas
Não quero mais brincar de esperar
Meus sonhos todos despertaram
Cansaram de aguardar você
Em minhas noites mal dormidas
De ilusões fingidas
Tchau
Me deixa, eu to legal
Vai ser bem melhor assim
Eu mesmo cuidando de mim
Eu mesmo me amando, só
Eu quero ficar melhor
Eu quero te dizer
Tchau
Me deixa, eu to legal
Vai ser bem melhor assim
Eu mesmo cuidando de mim
Eu mesmo me amando, só
Eu quero ficar melhor
Por isso eu te digo
Tchau... tchau

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O vento

E então é isso
como você disse que seria
A vida corre fácil pra mim
A maioria das vezes
E então é isso
A história mais curta
Sem amor, sem glória
Sem herói no céu dela

Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos...

E então é isso
Como você falou que deveria ser
Nós dois esqueceremos a brisa
A maioria das vezes
E então é isso
A água gelada
A filha do vento
A aluna rejeitada

Não consigo tirar meus olhos de você
Não consigo tirar meus olhos de
Não consigo tirar meus olhos...

Eu disse que te detesto?
Eu disse que quero deixarTudo para trás?

Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em você
Não consigo parar de pensar em
Meus pensamentos...Meus pensamentos...
Até conhecer uma nova pessoa.


Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UMA LOUCA TEMPESTADE


Hoje cheguei a uma conclusão até meio bizarra...

Tenho 37 anos completos de idade cronológica, mas ainda não consigo ter certeza se essa é mesmo a minha idade psicológica.
Sensações e atitudes típicas de adolescentes me acometem às vezes, e eu não cheguei ainda a um consenso de responsabilidades por isso acontecer... acho que quando entendi fazer parte da idade adulta, deixei de me preocupar se REALMENTE agia e me comportava como tal.

Volta-me agora a velha premissa da minha querida Nadir, que às vezes sopra em meu ouvido coisas como: " Se isso está acontecendo é por que VOCÊ MESMA tornou possível, e se acomodou, já que sempre foi confortável viver assim, como a caçulinha..."

Como seria bom se pudesse estalar os dedos, e fazer tudo ficar como deveria....como eu gostaria de poder gritar bem alto que sou senhora de mim, da minha vida, das minhas atitudes e responsável pelas consequências delas...

Queria avisar a todos aqueles que ainda me veem como uma menininha, que já apareceram em mim vários teimosos fios de cabelos branco, que ao lado dos meus olhos já podem ser vistas algumas ruguinhas, sinais do tempo que é implacável sem distinção de raça ou credo...e gostaria de avisar ainda àqueles que gostam de mim de verdade mesmo sendo essa antítese ambulante, que se ficarem ao meu lado irão me ajudar a atravessar essa louca tempestade...

Eu quero uma lua plena

Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes
Que teus olhos
Não me têm deixado ver
Agora eu vou viver...

Eu quero sair de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento pela pele
Um pensamento me fará
Uma louca tempestade...

Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer
De ti...

Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento pela pele
Um pensamento me fará
Uma louca tempestade...

Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes
Que teus olhos
Não me têm deixado ver
Agora eu vou viver...

Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe

Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer
De ti..."