sábado, 20 de fevereiro de 2010

De volta

O carnaval passou, a minha hibernação chegou ao fim, e aos trancos e barrancos, tentarei externar aqui novamente o que não cabe dentro de mim. Pouco mais de um mês após a partida da Nadir pra outras paragens, certamente melhores que esta aqui, estou de volta à blogsfera...


Eu sabia que um dia a gente iria se separar.
Sentirei saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, dos sermões intermináveis, daquele implacável olhar que não deixava passar despercebidas os míseros 150g que eu havia acabado de engordar, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... das ligações recebidas nas segundas-feiras bem cedinho, só pra conferir se eu tinha voz de ressaca, e havia bebido além da conta no fim de semana...

Segue a vida... talvez voltemos a nos encontrar, quem sabe se em outra vida, em outra missão, se houver merecimento ou comprometimento...

Sinto que vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos netos verão todas aquelas fotografias e perguntarão: Quem foi essa pessoa? Eu contarei quem você foi, minha grande amiga, minha irmã, minha mãe. E isso vai doer muito!!!

Junto contigo, com as tuas rabugices e sapiência peculiar, pessoal e intransferível eu consegui os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar sempre dentro do peito. Não adianta que venham me dizer que a dor vai passar. Eu sei que não vai. Nunca. Vai dar vontade de ligar, ouvir sua voz novamente...

Nosso grupo está incompleto.

Formou-se um vácuo em nossas vidas.

Abriu-se uma cratera em meu caminho.

Mas, sei que abriu-se um vasto, belo e promissor jardim de girassóis no seu caminho, irmã.

Quanta falta você me faz